25.12.09

Ghé.

pode ser que ame ou não,
juro, por ninguém, nem vive nada,
sanduíche perfídia, puta merda nenhuma,
seja espírita de amor de fulgor, tanto faz.

o navio parte sozinho e embarca morto,
porque é a única decisão, ninguém é de morrer
por isso, nem falar por isso, dignidade é poder,
mas, na verdade, foda-se mesmo, na sordícia
da minha alma, tudo morre, tudo morre, tudo.

sem sentido, nem pra mim, nem pra você,
outrora pra mim apara você...
café esfria também, maçã... ah!
nem se fala! eu amo você e odeio.



Domingo, 25 de Outubro.

24.12.09

Cád.

quem pratica amor desordenado,
tal como uma flauta desarmônica,
encanta, sem cantar, multidões,
alegra, sem alegrar, bosques.


Domingo, 25 de Outubro de 2009.

Ptás.

Se se cai aurora, armando vem vestido
com jorge e ptolomeu, vem de presidente
da nação sem sentido, sem vestido...
é assim que nu gosta e toda essa gente,
toda essa gente pede Bis quando vive.



Domingo, 25 de Outubro.

23.12.09

Rota.

a vida inteira parece muito,
ah, uma rota de cem seculares invernos,
de ousadia cabaret dentro do escritório,
de amar, de enloquecer, de frutificar
e se der casamento, meus pêsames.



Sábado, 24 de Outubro de 2009.

22.12.09

Aká.

bandeja de inimigo é a melhor pedida, ih, não tenha dúvida!
prato límpido, colosso, da magnititude heróica do mendigo,
não tenho dúvida, comida boa é mesmo a que não existe.



Sábado, 24 de Outubro de 2009.

21.12.09

Trs.

agora partida é que toma conta de mim,

é tristeza, ai que tristeza, que toma de mim
agora, meu bem, minha lágrima cristalina,
meu deus humano ergueu-se: aonde?
aonde, aonde, aonde, volvendo mãe.

Quó.

quem canta surdo num enterro prematuro
não tem a sordícia gritante de um coração inferno,
que jubila de doer rindo de tudo de bom,
se é que isso é aplaudido por quem entende.

chora burro porque burro é, deus é mais, grita!
e menos que quase nada quase: novidade!
no plenário, todavia, não vai nada bem, sabemos

que bom acabado e pão petisco para a palhaçada,
ninguém come ninguém, janta não satisfeita,
e a menina triste: puta merda, porra nenhuma.


Sábado, 24 de Outubro de 2009.

Tosç.

maçã no recife de um mar morrendo,
como aquele homem aguçando o peito da morte,
marcando que Jaz na alegoria do bem quisto,
na zona aurora da própria sobrevida, encarnar
e encarando bem, sim,
foi a morte e a não importância de porquê.

na pública partilham o pneu tirelli
e a gasolina cem petrobras, e ninguém, exatamente nenhum
misantropo, vagando aqui e ali, encharcado de que nunca teve,
se importa com inchaço que na barriga nauseia progetina.

e traz nas rupturas em que nos descuidamos, com intenção
ou não, ininterruptos, tesudos - todo terráqueo o é, estrada, vitória,
pastos surdos e insentos das cinzas de um cigarro.



Sábado, 24 de Outubro de 2009.

9.11.09

Nove!

Se me perguntarem, ei você tem referência,
direi que não, que me perdi na morada,
que me cansei da vitória, e agora, definitivamente,
decidi perder por longos períodos,

queria eu que fosse alguma modéstia
revestida de orgulho literato, eu sinto que
ainda sou gritante, homem, e digo mais,
puta que partiu, e esqueceu de meu enterro.

8.11.09

Cacos.

a minha premissa, meu bem,
ainda mora na liberdade máxima
de minha e tua múltipla fruição
e que aqui, ainda distante, teu

e declaro, todo e completo,
um ramo de amores ninfetas
mastigados em um somente,
teu, da única forma
que me queres.

e para que não haja suspeita
mato todo suspeito que nos amole,
degolo todos os cupidos, loucos,
que vos subsistem!

6.11.09

Pânico!

Saudade do caos pequeno
que é a minha morada,
saudade dos últimos
telúricos do
universo.

4.11.09

Change.

Sim, mas por favor, 
..Escolha meu mundo,
entre tantos.

2.11.09

Procuro

Vamos apagar estes nomes da solitária, 
que nos aguarda na segunda corrida,
na entrada nos guarda a vida, é

e nos rega de um horror enérgico
e de uma porra de sentimento totalitarista!
eu quero tomar até o último gole

a decisão que muda ou tudo ou nada,
a entrega que consegue muito ou pouco,
do vazio rarefeito que me tornei.

Sensação.

na insanidade desde os últimos tempos,
mentira pra causar alguma boa impressão
ou alguns loucos que a causam por má,

o problema é minha eterna proclamação,
a minha frase voando pelos cantos da boca
e determinado dia em que me velam chorosos.

1.11.09

Rimando Saudade.

A tarde não vi meu amor passar na barra
e seguir seu caminho até o solar do unhão
ou eu não quis mais enxergar a sua ingratidão
e que a nossa distância realmente nos afastara

outrora, estive saudando as segundas
e quintas do Baixio sem me ter com a graviola,
querida mãe de minha doação, ai, seguras
estão as minhas canções que aos tontos consola

quero que pegues em minhas mãos e me digas,
que onde for, virás tu vestida na alegria desse mês,
que antes de qualquer um eu iria pedir a minha vez,
seguro que darias na doença que é nosso amor, diga

por mais opróbria que seja a minha poesia, filha,
queiras a minha única incestuosa relação, um alvoroço
das ideias, decerto sim, mas na túnica do tecer amoroso,
um deserteiro no teu assanhado ninho, em nossa antiga ilha.

31.10.09

Adquira.

Sim e sim e sim -
Sei que absolutamente agora sou um óvulo
desertor e uma nação marinha a deriva,
um resort com outros populares


e, doravente, quem me entender,
entenderá tudo às avessas do mundo,
usava óculos e botei a bata pra poder pecar
nem até então me respeitara Joaquim.


Aquele fidalgo! bastardo! me acertou o peito
com suas tiranias revolucionárias do amor
minha prima é vera e véspera e áspera
de um a solução tênue não dita antes.


agora derramo tudo nos baldios
que faltam no meu bosque felicitado,
eu ainda tenho de lhe falar: e que sorte!
que sorte a minha nascido e morrido


muito depois da curva da vida,
um menino acanhado ainda, é claro,
mas não me duvidem a cópia vitoriosa
que é meus infames tempos sem salvador.

Saudade de despedida.

no alpendre da raridade é bom que
cuide de seus pêlos e de sua conspiração defensiva,
se desdenhar da validade da verdade humana,
não fatigue da vigília enquanto o nu da vaidade acorda


que é agora que lhe vem o pássaro da satisfação (pede)
e logra da racionalidade a escolha ventilada
das emoções e põe-las soltas e irrigadas
para a partilha que vier destruindo.

30.10.09

nenhuma.

pronto, agora estou aqui,
habitando um ar inrespirável,
um ato afagável, sem rima, ah!
estou na ilha dos loucos

na ilha
das multidões misturadas
dos bambos elétricos,
da iluminação escura
do escuro que enxergo!

sou um quase beat
rolando nas praias da solidão,
sou um pau respirando sexo,
uma loucura desvairada.

de vagante.

O navio da saudade
guarda os sóis da cidade,
amarguro debalde
que um tal boto meu ficou preso


na apatia da árvore sem frescura,
nas modas que escorrem pelos dedos,
eu não tenho medo, mas me escuta
que a cidade toda sabe de minha tristeza.

29.10.09

Veladores (ou vela a dois...)

se nos conhecêssemos antes, andorinha,
não lhe teria um só varão a alegrar
por que seria, ih! tão somente minha


alegrando meu pasto de viver, na terra
um bosque e trepadeiras, decerto,
subindo por mais alto luar, quem acerta


o mais doce prêmio da loteria dos amores,
não tem pressa amor, minha presa é você
na amplitude superlativa que nos damos!

28.10.09

Telefonema.

ganhei perdendo um buquê de concreto,
aqui é meu céu de apagar luas e sóis,
me sinto mesmo voando e a sós


num papo que nem é teto,
não é recife de minha morada
mas eu bato minha asa,


quem sabe mãe ocupada de dia {quando?}
ou continuarei pensando dormindo
em meu rio de saudade - antes ria.


é apupo de moleque pro mundo, é!
nasceu em noventa e nem se discute,
tem outrem louco na escuta.

5.10.09

Relato entre arcos.

Sobrevivo dos que vivem sem saber
qual é a sina do universo, ou quando acaba
esse jogo tirando de realidade, destinado.

quando se reza um pai de todos que salve,
enfim, que salve as mais laboriosas almas do mundo,
que salve as tristes ninfetas que ontem conheci

e que ainda não sabem o significado da transa,
somente de pura armada, cheirada, encarnada (?)
de olhar e maldizer impenetráveis da classe média.

e se ainda fosse necessário a melhor pose,
fosse um paulista juazeiro arretado de bom,
aqui a comunicação é curta e influenciável,

o sentido é completamente direto e resoluto,
o prêmio é ir ainda pra casa e deitar-se sonolento,
o segredo é viver dizendo que ainda se pode viver.

2.10.09

Do aspecto em que me sinto.

Sou um substituto da latitude sul do meu coração,
sou um latido às cegas pelo amor antigo de amanhã,
uma espécime de operário do ninho, paraíso particular,
uma setença obrigatória de liberdade literata, um perigo.

Quisera eu voar como um rolinha e puxar a lágrima,
a mais tênue passagem de um céu plúmbeo, da raça das nuvens
que fatia parte de São Paulo pelo meio, queimando no calor que faz,
que fogo humano, que loucura, que paixão de entardecer laçado!

A risca de minha jovialidade é a perfeição que não existe em mim,
os traços tenebrosos da minha face, enfim, não enganada tristeza,
é um contento arbóreo, cheio de frutos, vindouro, vitorioso
de puríssima e não indagável sorte, de uma fé nessa aura grande,

nesse festim que agarro dentro e que no ponto, hei de afagá-lo,
grande estopim amoroso do milênio, este grande manifesto sinestésico
em minha substância viciosa, conspiração dos astros psicossomáticos
na tentativa, algures, de me colocar mais bês dentro do peito.

30.9.09

Árvore.

Vem e me reforça ao contrário do abandono,
espelhe-se nos casais sem despedida, eternos,
Que quem quer mais aqui, tem seu controlo
jogado nas aves de um romance anti-heróico.

Vem e ainda diga todo dia que me ama pronta,
como viajantes intergaláticos, bons navagantes,
que a amplitude é um bom início para os dois,

nesse mar o desconhecido restou para nos animar,
que nele a tempestade é um úmido acontecimento,
de uma volúpia altiva e balançante, dance comigo
e creia nessa loucura que nos propomos sempre.

29.9.09

O amor puramente amar.

não tinha nada mais escuro às vésperas
de um domingo alvo, avultado de alumiação,
terror de madrugada, espancamento.

não havia algo mais gozoso, que as núpcias
da falência múltipla do meu amor,
do deserto que é meu coração!

você que se julga tão vivida,
é um mar de assombros quando me ama,
é um decaimento geral do universo!

25.9.09

Piada boa!

Diga-me qual é a sua ordem diária,
sua dívida fraudária, sua dica careira,
em que tasca há a melhor coca fria.

Na pastagem do encontro metafísico,
no orgulho sensato desta má circulação,
quem é que se dedura enquanto pergunta

pronde é que seguia a moça bonita
e aquele freguês da farmácia dos delírios,
quem era a do garção fastio da cidade.

Se ninguém tem resposta melhor,
eu continuo na freneticidade utópica de hoje,
no estardalhaço que recita o pernambucano

a poesia moderna ou pós-moderna, et cetera,
da pluridade dos significados e suas misturas,
que dão receita pro mundo virar uma feira!

23.9.09

O segredo do mundo inteiro.


Vou me formar como uma coisa pequena,
que, porém, crescente, de construção se vive,
serei o amanhecer enrugando e alvorecendo,
que promove, entretanto, uma ida até amanhã.

Serei um martelo erguendo sozinho o universo,
constelações imensas dentro de meus baldes de ver,
fábulas de quando me casarei ou se serei ermo
na identidade de meu aprazer, na esquina da vida.

Vou me encontrar na falha do teu mau humor,
retirando a fundo uma cisão pronta a sorrir,
porque se eu fosse mais enigmático, não daria
pro mundo inteiro ecoar nos céus meu amor!

18.9.09

Anos atrás.

Um castelo, uma bomba, uma disritmia,
Palhaços montados de cavalaria realeza,
Antes que o preço do pão nos anoiteça,
e não cobrem pela vida de sua profecia

De empregado ou de subordinado, é claro!
Ainda quem nos caça é um diabo danado
Detrás das trouxas de vantagem urbana,
Declarando: ah, não tenho culpa, fama!

Barbudo, míope, mais um barão passageiro,
Com meio punhado de vésperas como herdeiro,
Um antílope tarado por tonéis grandes de ouro,
Que se fosse outro, não bastaria a dor, a morte,

Que lhe retirassem os rins, mas não lhe metessem
da sua fábrica de quimeras, numa cabana de influência,
Um terno tecido na altura dos ombros; você tem ciência?
Ou paciência, pois, meu alto-falante é pouco medido

E na graça do verso quebra com inconstância rumos,
O que me reboca é que são os porquinhos, os diabinhos,
Que ainda se coçam pra esse tipo de gente sem ventilação, (eu!)
Sem politicidade, de nova falha, de sangue vira-lata!

Simples.

Os seus olhos são olhos, olhos negros,
Seus beiços são de beijos épicos,
Que são táteis, e não deixam de raridade,
A sua presença é um idílio, navegamos em marte!

Junto com tanto alvoroço minha trilha
Com a abertura da sua gargalhada, sim, está tudo bem,
Enquanto o mundo grita ai, ai, que grande e má ilha,
Eu retomo, encontrei minha primeira carmim, vem!

Vem nos meus dias aptos à primavera varandada,
Que de tarde serei seu e quando anoitecer seu vapor!
Surgir tão unicamente você e, sempre, para mais nada,
Que tenho meu presente contínuo e motivado, e que amor!

17.9.09

Acompanha-me!


Não são de nalgas os meus dias,
nem de ouro é minha ida pelo mundo,
não são cachimbos minhas armas,
muito menos retórica anti-guerra!

Sobrevôo de uma cívica fantástica, vantagem,
e não é tempo de revolução, que quem disse
Fora uma doutora, um coveiro, um colunista,
Um poeta, oscilando entre a vida e a morte alegro!

Que se invertêssemos o sentido das premissas:
morrendo bem vivo, vivendo bem morto, zeus!
Que tenhamos, ao menos, alguém de abertura,
De braços escancarados na tristeza e na felicidade.

14.9.09

É tudo política.

Quem é meu brasivo detento,
Que grita, murmura e quer água,
Ou quer desaguar numa fortaleza,
Numa tendência primária e aventura?

Quem é meu orgulho, castigado,
Meu dedo magoado, meu peito destruido?
Minha encarnação mau vivida, minha loucura,
Minha loucura que anda como uma moça,

Minha volúpia que saltita aflorada,
Meu desejo aritmético de acertar amor,
Ao menos numa única e cativa chance,
Meu péssimo senso de humor ou criatividade?

Se eu fosse um vaso rasgando zabumba,
Um açoite da noite pra cima do dia, um cachorro,
Um herói não nacionalista, um anarquista, quem dera,
Se eu fosse o presidente de minha política interna!

13.9.09

Estado.

Por fraqueza ou franqueza demais,
me perderei em seu brando abraço,
esquecerei as donas de minha língua,
me esquecerei de tudo mais,

Dos mergulhos em suor, suor,
banho de amor que nos demos!
Serei ou tarado, beato, sem você,
que me dê motivos muitos pra ficar!

Eu não tenho suporte ou o que fabricar,
meu desejo é curto não pela duração,
curto de grosseria e político de aceitação,
sem tolice não tenho passe Livre pro céu, não!

Adeus, perdão!

Tudo bem, dê-me licença, quero passar
De antigas lições para aceticismo, descrença.
Quero descer do palco, do ventre da puta mãe,
Comer carne de soja no elevador assassino,
Amar um judeu, pagar contas, falar demais,
Agredir àquele guarda-esquina falsário,
Modificar todos os códigos e sinais,
Queimar minhas evidências:
Partindo sem volta.

O que manda e desmanda.

Sim, e não há nada mais são que morrer amando,
Caçando o que dizer por entre a verdade que agrada,
Digamos que o público, é! recém eleito, feito de bobo,
Sinta que ama um terço, um milésimo, um universo
De minha galáxia louca de cínicos amantes, repito!

Multiplico-me em centenas de ardentes contradições,
Ponho-me à fogueira, bicha e bicho, sensibilíssimo perdão,
Sou um troço gritando em silêncio e sou todo, todo alma e tesão,
Sem perto ninguém, possibilito tudo que não existe, existe não:
Um vôo que nunca saiu, um desabafo guardado, pão seco, vida seca

Sem você.

10.9.09

Cassete.

Substância é tudo que preciso, meus abraços francos,
minha angústia inconstante, meu prego amassado,
meus dias únicos, meu tempo corriqueiro,
meu deus mentiroso, meu orgulho holocáustico.

Potencialidade é tudo que tento, que de trocadilho
em trocadilho reintero, ainda que me falte maravilha,
tendência magnífica da puberdade hodierna, paupos,
preciso de um canalha que acabe de vez comigo.

O que me importa nesse universo querido é tudo que tenho,
que em obra não captada, porque, enfim, não são só minhas,
De um quimérico terrorista, árdego amigo, terrífico de estima!
Quanto tempo ainda me resta... não, não há mais pout-pourri.

9.9.09

Berro!

Dê-me, pois, direito de construção,
Dê-me órbitas inconsignadas, quero comê-las!
Sabido ele, que retratou monalisa e sansão
Batendo fluídos sob a mesa das santas farras!

Dê-me, Sou homem, duas margaridas murchas...
Entornarei corola, gineceu, ai, minha doação
De inteiro jardineiro, dialética e mordidas,
Sigamos na estrada rompida das asas de um avião

e Se cairmos, ah, tudo bem, tudo recém refeito,
Dê-me tua mão, teus passos em negrito, sensitivo meu!
Abraços beijados no trapo nocturno - negros olhos,
De matéria presença erguida no espaço dos meus sonhos!

7.9.09

Estética nua.

Vai, faminta de meus laços,
presa no aperto de fulgor,
sim!, doceza, destes amplexos
transmenbranais...

Segue na rubricidade frenesi
de meus ósculos tardios,
ai, frialdade carmim, desce daí,
segurando na oposição desse sonho,

O meu rio passa pelo humor
de seus seios desamparados,
vindos pelo universo:
incitados.

Ombros.

O garbo é único no intestino do planeta,
Digerindo turbulências e greves de morrer,
assassinos ideológicos e amores para viver.

Ah, a tara é alguma falta de coincidência nua,
pouca Festividade de reencontro, festa lúgubre,
taverna de concreto, bolo místico das massas.

Sim, e ninguém jamais duvidara
que os deuses, os acordes profetizados, os séculos
na crista do universo e a harmonia numérica,
meu bem (?), não significa, mitifica!

20.8.09

Bom dia.

Da proteína o ácido, Do remédio da fome
Ficou o amplexo da agonia, do Leito a insônia,
Do fim da Linha, ai, cedeu-se ao engano, no Prato(?)

O frango Restou, o trigo, o fígado, tudo que é cheirado!
Do dia, um menino adeus, ora, ora, óia se não é Francisco
Tecendo a correria que o mundo traz de tanto fardo nas costas,

Ai, meu deus(?), tu continuas tão analítico pro meu mundo acéfalo,
DE pura ignorância, continuas tão Pai de quase ninguém!



Dedicado a Vasconcelos Almeida de Campos,
Por Augusto Bortolini, Quinta-feira, Ocidente, Século XXI.

18.8.09

Sem saco.

Castelo armado contra minhas boas intenções,
Horário de esquecer qualquer cousa que importasse
e entrar com todo peso do mundo, esqueceria-me
de forma que não me achasse por pêlos e menos
de quinhentos anos, não.

Se eu fosse para o alimento tal como a seca e a carne,
O carinho de amante no tempo certo, no instante inteiro,
O carinho metabolicamente estacionário, crescente,
Seria incompleto: menos homem e deus mais.

O meu parente adoentado não pára com essa doença
De tantos teóricos idealistas e ainda acha tudo seguro,
O outro seguro, igualmente, segura na mão de seu messias,
Repetindo nas suas internações a falta que tem sim de seguir
na prática irremediada: sentir posto que vive e sofrer, que vivendo.

16.8.09

Casa.

Algum pai me disse que era doendo de dó
O casamento de uma triste maria com um eduardo,
Saboreando da ambiguidade parisiense ou amsterdã,
Antes de toda capitalidade embrionária
e Dizeres em três de saudasismo, não sou standart
de antíguas Flores: recuso-me, escuso-me,

Se dessem bem adeus, adeus partiria encantado,
Se bem amassem, massa seria e não é todo sapato
Pisando felicidade, mastigando tristeza, no altar do mundo.
São amores ou são flores no resto da bacia de roupas?
São tempos modernos de antigos suspiros salutares
Ou mera tara de teoria e de Sensação, de Ré sem solução.

15.8.09

Falamos o dia inteiro.

Ai, ai,
Que minha tristeza chega de mercedes,
Da falta de falta, esquecida de minha rainha,
Degraus meus é a ansiedade de cair dos quadris,
Descer da marra de cabra e amarrar esse castigo,
Igualmente dado, chama de traça que não apaga, chama,

Seus bês são bês de fomentar, margarida, meus frutos,
Para seguir tão logo madrugado e certo de tudo no ninho,
Eia, rebento de mim, para a nascença eclética e a imoralidade,

Ambiente meu,
De significados bastardos e de uma Fulô que é de primeira,
Exalando duzentos séculos de quase nada, de completo ermo,
- mero dia (não é troca, não), meu bem,
Ilude tal como a garça dos enganos, és Feminina.

7.8.09

Acusação.

Bom Emanoéu, triste de mim
que desabou entre as torres da Bagaça
e que não tenho muito a declarar, Serafim,
ultimamente, dado pra rima e pra farsa,

Coisas fáceis pra decorar poemas meus,
ou que às escuras aclame a popularidade,
o meu terço boeing não era ermo no céu,
era a quarta parte da transa, ai maldade,

ai meu terror único, meu sabor indileto
da transa que não atingimos no primeiro
e único segundo, insucesso, meu inseto
pontiagudo esguicha meu insignificante,
meu terreiro, em que tempo nasceu e sofreu!

6.8.09

Isso não (?) é poesia.

De aqui pra ali desmedirei cada unidade de minha palavra.
A gente também adora a coreofrasia no moderno, no moderno
Tudo tem a sua significativa oca, no moderno
é simplório como uma nuvem.













Não é?

3.8.09

Horta.

Quarenta e oito rotações no cofre da madrinha que pariu,
São bailarinas entorpecidas, planetárias, frenéticas,
Que mastigam carinhosamente a farda de seus beiços,

Fruem na tentativa escatológica de viver, viver e viver
De todos amores fartos e assassinos de um dia, ai!
Que imitam o céu e a tempestade inesperada, choveu
Na antiga companhia dos bons homens, tudo alagado...

Murmuraria puto com a dinâmica curta de nosso encontro,
Pois, meu bem, meus dedos partiram toda necessidade
De escavar olimpíadas poéticas, até loucuras bárbaras,
Dar frente à estética setentista, variaríamos a nossa sina,
Em pleno ano que termina tudo... foi continuidade segura.

Encarne em mim como se fosse encarnação pornográfica,
Por favor, caia grávida e matada de outrem que nos aflita,
Serei de nosso magnífico acidente urbano - não suma não!

29.7.09

O ócio (?) é isso.

Sou o mágico do interior do mundo,
Segurando a tragicidade em chamas,
Arrisco meu martelo na nobre injustiça.

Sou a traíra inconformada com o moderno,
O canto esquelético em Dorotéia - hermética;
Quem doura quando Doutorado?

Doutores de soluções instantâneas, magníficas,
De anfíbia concórdia, uniporte, de castigo inteiro,
Que me Delirem o quanto for preciso! Rumarei a outra!

Demência.

Dependência químico-emotiva, ai meu motor e aço torpe,
Asco meu de tecer loucura, antro sujo de nosso fruto,

Pena é tudo pena, se não posso crescer com que temos, tudo!
não é quase tudo essa pastagem de gente que não acaba
em meus Alucinógenos naturais enfáticos.

21.7.09

Eu não dou a mínima.

Bondade Léxica é parapouco no mundo da falta,
Quando Alex não teve lá boas condições de resposta.
Se eu fosse armário de guardar qualquer passagem,
Teríamos outro tempo de concórdia e boa noite.

14.7.09

Complexo-moderno.

Como eu gosto de um mergulho-cabeça
em Sivuca, se me deito mais,
mais prosa serei.

Se eu fosse um tal inebriado qualquer,
é claro, não seria um desperdício,
anotariam que sempre gostara de subir,
sobressaindo à caa-que-tinga.

Se eu pudesse, como seria se tudo fosse,
Se chegasse ainda mais LISÉRGICO,
Falando Do Latim, na transa, couve-flor.

13.7.09

Sem graça.

.....Suas nalgas doces interminam a Hospitalidade,
Eu me interno desde ontem e dantes, sempre, pois,
Da falta única de vocação para tantas desordens nocturnas.

.....Se sou atrasado é pelos excessos e pelos esquecimentos,
não tenho percebido grande diferença na falta e na solução,
é tudo da mesma e passageira ordem humana.

Fulminante.

Seus mestiços olhos cantam a falta de bom senso,
Ou coisa contrária qualquer que sempre me agrada muito.

Teus beiços, moça, são seios enchidos na face de pouco,
Ou de muito caso, muito, de muito ou de muito erotismo,
Que a falta é tudo, neste universo florindo e rindo catástrofe,

Eu tenho sido no cálcio do pensamento e da saudade, meu bem,
E ainda termino tantas conjugações na segunda e tenra pessoa.

9.7.09

O tamanho da mensagem.

Ah, meu antigo camarada de bem longe,
Ai que dom é sediarmo-nos amplexos e dores!
Em poucos contínuos anos de mocetagem,
Sem partes e pêlos!

Darmo-nos flatulências ao invés flores cheirosas,
Por que no tristono planeta todos metanam eternamente,
Caligulando Cabritos, chame-os também de práticos,
Quando não volvéssemos para a casa,

Ora, se nunca passara antes, como agora,
Amora ultratrasada, passando esfíngica, pedregosa,
Casta... Boitempo (licença!), na esfera da bondade
Dos homens interrompidos em duas décadas.

6.7.09

Pedaço de meu céu.

O mundo dos outros morre de mágoas,
de tristeza inventada, de mórbido resfriado.
Os meus dedos, na calada das tuas nalgas,
Fabricam a trilha em Ré, trágico-combinado.

Enquanto aqui encarno a boa e assustadora
Aparência de mouro, louco, socialista camuflado,
Dentista desdentado ou balconista e professora,
De todas relíquias transformistas, meu falho ato.

E a antiga manobra brasileira, criei em setenta e três,
Ainda que me esqueceram a autoria, aqui estou eu
Entre a beira de um nada grandioso, meu ex-freguês,
Sentado à púrpura dos famintos globos, medo meu
Da identidade criminosa humana ácida; antiga farra.

4.7.09

O saboroso tédio.

O meu estado chuvoso, plúmbeo,
É um amor nunca dantes avistado,
Em traços bêbados, tenros, frescos,
De tua mucosa, de tua flama, tua alma

Da falta, a pouca e apertada, quase nua.
Tua nítida catarata de boníssima vontade,
Soma-se ao terror risonho da morte, a face
Intrigante da cotinuidade, observa a lua.

Dança rebelde, francisca, suas nalgas,
Frias e bárbaras e robertas, ana-marias,
Sua tarde, nossa casa, suas partes, águas
no Desenho infinito de nossa empacadura,

Amor meu, mas que delírio é essa nossa sina
Que atesta a sorte nascida ali, em pouco, pouco,
Sob a fauna da felicidade que nos falava fundo;
não que eu queira muita festa, meu deus, não,
o que é certo, nunca bastará.

26.6.09

Breve idade.

Toda poesia que sem destino é a minha vila,
De uma nostalgia cheia de colateriedade, ah,
O meu puríssimo estado de contínua vitória!

Minha sossegada religião ultra libertina!
Meu aprazer agradecido por essa sina,

E a vida - feita na sustentabilidade da sugestão
De quando é efetivamente amor ou loucura.

21.6.09

Construção I

Se me tenho presente,
naturalmente são das coisas da terra,
de vindouros escorrendo, do barro, da rocha

Se me tenho memória, pretérito, efêmero,
tento comê-los bem antes do ápice dessa frase,
e me mato de sentí-los na frialdade do endereço

Se me tento homem de todos homens,
tento não podê-los com esse imenso carinho,
mas isso que é de um infinito agrado de irmandade,

não irei ao retrocesso da cólera, mastigá-los, puní-los
como quem se maltrata ainda do castigo na serena morte,
em desmaios aguerridos e serenatas tardias - hipotérmico.