10.9.09

Cassete.

Substância é tudo que preciso, meus abraços francos,
minha angústia inconstante, meu prego amassado,
meus dias únicos, meu tempo corriqueiro,
meu deus mentiroso, meu orgulho holocáustico.

Potencialidade é tudo que tento, que de trocadilho
em trocadilho reintero, ainda que me falte maravilha,
tendência magnífica da puberdade hodierna, paupos,
preciso de um canalha que acabe de vez comigo.

O que me importa nesse universo querido é tudo que tenho,
que em obra não captada, porque, enfim, não são só minhas,
De um quimérico terrorista, árdego amigo, terrífico de estima!
Quanto tempo ainda me resta... não, não há mais pout-pourri.

9.9.09

Berro!

Dê-me, pois, direito de construção,
Dê-me órbitas inconsignadas, quero comê-las!
Sabido ele, que retratou monalisa e sansão
Batendo fluídos sob a mesa das santas farras!

Dê-me, Sou homem, duas margaridas murchas...
Entornarei corola, gineceu, ai, minha doação
De inteiro jardineiro, dialética e mordidas,
Sigamos na estrada rompida das asas de um avião

e Se cairmos, ah, tudo bem, tudo recém refeito,
Dê-me tua mão, teus passos em negrito, sensitivo meu!
Abraços beijados no trapo nocturno - negros olhos,
De matéria presença erguida no espaço dos meus sonhos!

7.9.09

Estética nua.

Vai, faminta de meus laços,
presa no aperto de fulgor,
sim!, doceza, destes amplexos
transmenbranais...

Segue na rubricidade frenesi
de meus ósculos tardios,
ai, frialdade carmim, desce daí,
segurando na oposição desse sonho,

O meu rio passa pelo humor
de seus seios desamparados,
vindos pelo universo:
incitados.

Ombros.

O garbo é único no intestino do planeta,
Digerindo turbulências e greves de morrer,
assassinos ideológicos e amores para viver.

Ah, a tara é alguma falta de coincidência nua,
pouca Festividade de reencontro, festa lúgubre,
taverna de concreto, bolo místico das massas.

Sim, e ninguém jamais duvidara
que os deuses, os acordes profetizados, os séculos
na crista do universo e a harmonia numérica,
meu bem (?), não significa, mitifica!