21.3.09

Rebubinadíssimo.

O mais notável é que a desvirtude que tu me apontas não é nada. E, no mais, que se penso como tal, é que sou contínuo e sou louco inteiro. Aquém demais porque perdoar - meu grande bem - não é nada astronauta! Acolá! Observe bem que antes sempre andei com você, e mesmo de longe, era nisso tudo também que eu seguia inteiramente animalíssimo: eu sou eu, eu! Sem aquelas fatias observacionais secundárias e íntimas dadas à minha amargura: estamos na eqüidistância da impossibilidade rompida; eu beijo você e é tudo aqui.

16.3.09

Um conceito sem progressividade.

A ternura é uma puta pacificidade em mim
e é a santidade em meus dias sonolentos
é um segmento traçando limítrofe.

Executo peças imponentes por roçar na cidade
dando sentido impróprio à tarde de magreleza
e de turvidez cáustica sobre a face politizada.

Como então serei vergonha falida - um fato
erguido sem propósito algum - é quando numa tarde
couber infindíssimas loucuras de amor que vivi - e ódio.

Sou egocêntrico criador de vantagens humanitárias
e meu pesinho é a fonte da barca que atravesseu a corda
que termina antes de minha época em meus pêlos sofistas.

E quando - uma e outra vez - um sujeito tenta tirá-las de mim,
mas que desmedido paspalho... não tenho suportado nada mais.
Eis um próspero poetaço erguido às causas inexistentes da pátria!

Com que cólera mais afetada por seu atestado de reprovação
uma pobre ovelha tem de dar-se à morte na antipaticidade alheia?
Preço nenhum: veja bem! há relatos que não dizem merda alguma.


15.3.09

Ando e sem sentido algum, canto.

Aos pés de uma saciedade olímpica
a tecer um amor em alquimia, eu dizia:

O saboreio de minha latitude é magnífico!
E não seja por isso, o meu teto é de um colorido fútil
De suas pálpebras em rimas. O papo casado?
Uma atenuidade sábia gritando eu desisto, eu desisto!

Mas não serei um sapo usurpado,
clamando poesia altruísta, barata, barata!
Deitarei púrpuro sobre o harmonioso beiço telúrico,
Um caro paciente aguerrido nessa ternura malandra!

De programático em rapto que sem sentido, navegante atônito;
Resta-nos o peso da informação desnecessária
e um só ponto de sacanagem!