12.6.09

Quero

É constante QUE tenhamos tantos amores
Pouco menos ácidos e terríficos, salutares,
Que se são afagos, se são flores, meu deus,
Por quê me destinas ao castigo de tua falha?

Já é esperado, então recitemos nós, incautos,
Enxutos aos fascículos de quebranto amoroso,
Sem teus frascos de pêssego... uns litros diáros
De outrem estacionado em teus Lábios frouxos.

Se fosses minha, deixar-te-ias numa maré mansa,
E sem hesitar, meu bem, em meu heroísmo irias,
Derramada aos baldes da tua alérgica onça, irmã,
Passarias em meu passo, desatenta, enlouquecida,

E como tal, intrépido boto, ser este mundo aguerrido,
Em que tu me levas ao encanto e ao desastre, outrora,
Quão etéreo é a parte desconhecida do teu labéu,
Sorrindo a vantagem maiúscula de um adeus particular.