20.2.09

Falta quanto tempo?

Eu lhe disse que ele disse que contaria o que disse. Mas não é nada.
Disse que disse que disse e que disse: nunca é nada.
Que fique só subentendido. Mas nunca será nada.
Inalcançável. Doentio. Poesia. Fartos seios.
Olhos negros e nenhuma rima.
Nunca será nada.
(...)

19.2.09

Deveria falar bem menos.

Se tu soubesses onde guardo minha montanha de amores, tocaria, tal como rebelde, a magnitude em boniteza de teus beiços delicados e se tu enxergasses o meu desespero estampado - ah, dadíssima senhorita! - serias a minha grande revolução sensitiva: um poetaço e sua poesia flama nus, interagidos, que só em mais tenras utopias da putaria mundana e toda a sua complexida contraditória - haveria merecido termo para ocasioná-las com crua veracidade. Somos milenares e metafóricos foliões tropicalistas. Envelhecidos por um Saudosismo em validade indefinida. Somos pais em hipocrisia e mães sôfregas. A rosa da fertilidade nos abriu suas largas asas em fausto e que valioso voaceiro de bem te ver! Ainda assim - vê! - ELES continuam paralíticos à espera mais rotineira do mês: os pratos, que por sua vez são os últimos donos de tudo e de minha totalíssima falta de superação - sobretudo.

18.2.09

Sem progresso.

...Latido desvairado. Novela. Uma cena repetida. Uma cela incondicional. Implacável. Eu sou um cachorro quando tu me apregoas o teu andado. Limpa-me. Não sou impecável: um giramondo nunca é. No meio desse povo não sou a carapaça da verdade nem a ampla abertura da perfídia. Um cego desvairado. Latindo... Lamparina apagada. Um paraíso sem intenções. Outono permanente. O sonho da velhice saudável. Sapato vazio. Gaveta vazia. Carteira vazia. Isqueiro sem gás. Revolução sem massacre. Inevitável. Desnecessário. Pecado. Pecado. Um dia sem mim é desvantagem. Mas eu recrio uma tentativa após a última falha. Sou sucessivo e tedioso. Uma construção em itálico. Um pequeno em pequenice. Latindo...
.
.
.
.
Maria? Taí? (...)
Onde estão as meias?

16.2.09

Falhas.

Poentro e consternação consumiram por um mês aquele meu pensamento masculino. O prato tá virado e só me resta uma barra de sabão. Cuspa - menino. Quebre o copo na cara dele - quebre! Espanque! Maltrate! Cuspa. Cuspa - menino! Quebre o copo na cara dele! Poentro e consternação me consumiram. Benvindo a um bom fim. Só me resta uma barra de sabão...
.
.
.
Onde? Em meus ósculos em dessuetude.
Você merece. Eu também.