24.1.09

Outrem.

Afogo-lhe - maravilha mulher - num cálice de pesar e lhe meto meu desdém gravíssimo. Sabe - o meu tenro desejo é só a valia da áurea vingativa. Ou que sejam trocadas as inversões. Pisoteio deveras como ninguém mais o seu afeto sisudo. Incendeio-lhe a dentadura da felicidade estampada e - tal como - ajusto em seu alvo de amargura. Desdenho uma pontaria cabalística - vê! Mil vivas! Quando me curtir das suas lágrimas sombrias - ah, que tesão! Que aleive!... não mais tirará nesgas de mim.

22.1.09

O seu amor em ênfase.

O seu amor - veja:
Levo às cinzas e as sepulto. É! Eu demito o seu coração desta janela de amar enraizado. Engulo sua agonia infinita de se dar amorável. O seu amor - eu cheiro por completo e sem esmoncar o nariz: desfaço o que ele exceptua só para mim. Que há de reservas para meu bem? Que há? O que é seu - eu piso e afogo. O seu amor não me deu lucro. Ele simplesmente não vale a pena da galinha suja lá do fundo da casa largada e acolá não sei se tem algo que lhe chegue imediato. O seu amor é cuspido à tuna... é seguido por outrem. É tristonho o seu amor que nunca e jamais alcançou a varanda do meu peito vazio. O seu amor é só seu e por isso vive descampado. O seu amor - ontem - faleceu em mim.