5.6.09

O paisagismo da mala, das boas intenções.

Pseudo-prosódia aplicada à vida não é nada,
O castigo do interessante é a revolta dos arianos,
A dupla intelecção do alegórico é o náufrago,

E o náufrago é a frente de todo universo, seus elos,
Seus fetos, suas assassinas, sua identidade nefasta.

O que há de belo é instantaneamente degradado,
Embalaram todas as réplicas da boa vontade, arde,
E as balas da justiça, e que justiça, todas engolidas.

4.6.09

Quantidade II

Sou um homem, não suspiro cancerígeno,
Enquanto fumista, ou um pombo atômico,
De todo atrás, e qualquer rebento telúrico, não!

Sou a reles quantidade de cuscuz sobre a mesa,
Para que a intolerante superioridade, animária,
Sôfrega, não saiba das fechaduras do mundo.

Sou um castigo derramando na tela conspiracionista,
Sem êxito, sou um tarado católico e politeísta
Sou o papa dos profanos giramondos de rua, não!

Tem freira atrás, doutor-maníaco, forças externas;
Quem urgiu meus pulsos sobre a maca da ternura,
Por quanto será o tempo de minha infelicidade?

Sou a sorte de uma semana naufragada, esquecida,
Deitada sobre o cimento ocêanico da eletroatividade,
Sou um protesto à eletricidade sináptica e à memória,
Sobretudo, sou o sangue cheio de léguas agregadas,
Brasivamente pulsante, sou o manto de toda vida.