31.10.09

Adquira.

Sim e sim e sim -
Sei que absolutamente agora sou um óvulo
desertor e uma nação marinha a deriva,
um resort com outros populares


e, doravente, quem me entender,
entenderá tudo às avessas do mundo,
usava óculos e botei a bata pra poder pecar
nem até então me respeitara Joaquim.


Aquele fidalgo! bastardo! me acertou o peito
com suas tiranias revolucionárias do amor
minha prima é vera e véspera e áspera
de um a solução tênue não dita antes.


agora derramo tudo nos baldios
que faltam no meu bosque felicitado,
eu ainda tenho de lhe falar: e que sorte!
que sorte a minha nascido e morrido


muito depois da curva da vida,
um menino acanhado ainda, é claro,
mas não me duvidem a cópia vitoriosa
que é meus infames tempos sem salvador.

Saudade de despedida.

no alpendre da raridade é bom que
cuide de seus pêlos e de sua conspiração defensiva,
se desdenhar da validade da verdade humana,
não fatigue da vigília enquanto o nu da vaidade acorda


que é agora que lhe vem o pássaro da satisfação (pede)
e logra da racionalidade a escolha ventilada
das emoções e põe-las soltas e irrigadas
para a partilha que vier destruindo.

30.10.09

nenhuma.

pronto, agora estou aqui,
habitando um ar inrespirável,
um ato afagável, sem rima, ah!
estou na ilha dos loucos

na ilha
das multidões misturadas
dos bambos elétricos,
da iluminação escura
do escuro que enxergo!

sou um quase beat
rolando nas praias da solidão,
sou um pau respirando sexo,
uma loucura desvairada.

de vagante.

O navio da saudade
guarda os sóis da cidade,
amarguro debalde
que um tal boto meu ficou preso


na apatia da árvore sem frescura,
nas modas que escorrem pelos dedos,
eu não tenho medo, mas me escuta
que a cidade toda sabe de minha tristeza.

29.10.09

Veladores (ou vela a dois...)

se nos conhecêssemos antes, andorinha,
não lhe teria um só varão a alegrar
por que seria, ih! tão somente minha


alegrando meu pasto de viver, na terra
um bosque e trepadeiras, decerto,
subindo por mais alto luar, quem acerta


o mais doce prêmio da loteria dos amores,
não tem pressa amor, minha presa é você
na amplitude superlativa que nos damos!

28.10.09

Telefonema.

ganhei perdendo um buquê de concreto,
aqui é meu céu de apagar luas e sóis,
me sinto mesmo voando e a sós


num papo que nem é teto,
não é recife de minha morada
mas eu bato minha asa,


quem sabe mãe ocupada de dia {quando?}
ou continuarei pensando dormindo
em meu rio de saudade - antes ria.


é apupo de moleque pro mundo, é!
nasceu em noventa e nem se discute,
tem outrem louco na escuta.