30.10.10

balde

eu peixe no seu pé frio,
como quente aquele meu pensar
que penso na sala de jantar com você,
a gente combina e nem sabe,
e nem quer, quer não.

eu abro minha coca-cola
e grito ah! eu não paro de jantar
conosco na selva de minhas idas marinhas,
na cascata da vontade de nada, nadar em você.

e digo que posso possuir
nunca mais me esquecer ou que nunca
quis, ao menos, receber a noite,
quando a noite vier consigo
e a sinfonia que não queríamos.

Saudades não

e mais me seduzo
pela sensação de senti-la,
apenas mentalmente,
na corrida de meus empenhos,

quero me guardar pra outra vida,
e se puder, ainda, me agarrar comigo
e me sentir mais consigo por que sinto
que não poderíamos desistir,

quero me rechear metanfetamina,
e ser tocado pela breve alma
dessa lisergia, que antes
nunca pude entrar.

quero rechear minhas viajens,
com um eterno não te encontrar,
e partirei com um adeus nosso e um beijo,
com meu meu ósculo parnasiano e nunca mais.