25.9.09

Piada boa!

Diga-me qual é a sua ordem diária,
sua dívida fraudária, sua dica careira,
em que tasca há a melhor coca fria.

Na pastagem do encontro metafísico,
no orgulho sensato desta má circulação,
quem é que se dedura enquanto pergunta

pronde é que seguia a moça bonita
e aquele freguês da farmácia dos delírios,
quem era a do garção fastio da cidade.

Se ninguém tem resposta melhor,
eu continuo na freneticidade utópica de hoje,
no estardalhaço que recita o pernambucano

a poesia moderna ou pós-moderna, et cetera,
da pluridade dos significados e suas misturas,
que dão receita pro mundo virar uma feira!

23.9.09

O segredo do mundo inteiro.


Vou me formar como uma coisa pequena,
que, porém, crescente, de construção se vive,
serei o amanhecer enrugando e alvorecendo,
que promove, entretanto, uma ida até amanhã.

Serei um martelo erguendo sozinho o universo,
constelações imensas dentro de meus baldes de ver,
fábulas de quando me casarei ou se serei ermo
na identidade de meu aprazer, na esquina da vida.

Vou me encontrar na falha do teu mau humor,
retirando a fundo uma cisão pronta a sorrir,
porque se eu fosse mais enigmático, não daria
pro mundo inteiro ecoar nos céus meu amor!