16.3.11

alucinado.

se um dia eu me encontrasse
com a sua saia nos bailes blues.
naqueles onde morrem os pagodes,
arrochados com toda marra popularesca.

e depois nós dois na sala de estar

e um carreteiro de terceira
e um nó de amor enlatado na veia,
desde um sequestro
a um símbolo star em minha cabeça.

eu não desceria um dia de minha janela,
seria meu habitat as doces estribeiras de seu seio,
no interno cacau de seus beiços nus, meu banho;
nas aspas de um encanto poético, alucinado.

caminhos.

aí como era no começo ainda mãe,
mãe não tinha muito e decresceu comigo.                             
morreu no sapato e dada face a um romeu
chorou seis anos de pitú em pernambuco,
na roça de seu menino, da padaria...
nas beiras de santa maria. 

barriga de menino tem mãe, tem duas;
uma mainha, outra madrinha, painho não.
é.... bom de assopro, apetite e nem pensa febre          
quando corre louco por todo o campo de areia,          
não maracanã, super nintendo na mercearia,       
ou na ''ponta esquerda" entre uns botões de madeira,       
nas brincadeiras da escola de brincadeira.

mãe, nas águas e das águas de açude,
que eram meio alambiques mineiros
ou barraquinhas de pipoca da baiana
ou itamaracá num pequeno saleiro,
descia sua tenda, com toneladas
de sorrisos maresiados.

curou a sua fé indiscreta
no mercado do manéu nada português,
na meia-calça escarlate escorrendo,
ou num vestido de noventa e seis,
cursar um curso de corte e costura
e casar com o mariano magarefe.