3.8.09

Horta.

Quarenta e oito rotações no cofre da madrinha que pariu,
São bailarinas entorpecidas, planetárias, frenéticas,
Que mastigam carinhosamente a farda de seus beiços,

Fruem na tentativa escatológica de viver, viver e viver
De todos amores fartos e assassinos de um dia, ai!
Que imitam o céu e a tempestade inesperada, choveu
Na antiga companhia dos bons homens, tudo alagado...

Murmuraria puto com a dinâmica curta de nosso encontro,
Pois, meu bem, meus dedos partiram toda necessidade
De escavar olimpíadas poéticas, até loucuras bárbaras,
Dar frente à estética setentista, variaríamos a nossa sina,
Em pleno ano que termina tudo... foi continuidade segura.

Encarne em mim como se fosse encarnação pornográfica,
Por favor, caia grávida e matada de outrem que nos aflita,
Serei de nosso magnífico acidente urbano - não suma não!

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