18.8.09

Sem saco.

Castelo armado contra minhas boas intenções,
Horário de esquecer qualquer cousa que importasse
e entrar com todo peso do mundo, esqueceria-me
de forma que não me achasse por pêlos e menos
de quinhentos anos, não.

Se eu fosse para o alimento tal como a seca e a carne,
O carinho de amante no tempo certo, no instante inteiro,
O carinho metabolicamente estacionário, crescente,
Seria incompleto: menos homem e deus mais.

O meu parente adoentado não pára com essa doença
De tantos teóricos idealistas e ainda acha tudo seguro,
O outro seguro, igualmente, segura na mão de seu messias,
Repetindo nas suas internações a falta que tem sim de seguir
na prática irremediada: sentir posto que vive e sofrer, que vivendo.

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