23.11.10

Cass.

Pois que pingo por dias, sem me gastar,
metros cúbicos de malabares no amor,
como pera como se comesse você,
deitada, roubada por mim.

aí, me derreto na metafísica louca
de nosso anticontato religioso,
no avesso que me entrego todo dia,
nas palmas da antígona em meu banheiro!

Eis que me trago como quero te carregar
no quis diáfano de meu cais romântico,
no sempiterno terno engomado,
entre seu perfume marquês.

Suicido no sadismo que ejacula
aquele paraíso na sua vala faminta,
e busco pão, e arroz, e açúcar e cigarros
no canto de seu coração bruto, feito um tijolo
de matar, de cansar, de torrar.

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