22.4.10

Classificado.

O meu porto se desmancha
nas águas riscadas do rosto, menina,
O meu moço bebe tonteiras de leite,
caviar e coisa que se come na transa.

Uma morena feiticeira, gosto mais dela
que de mim, meu mundo eleito,
minha sobra bastarda de farinha e filé,
açúcar e doce de goiaba,
cabaça da senhorita de Petrolina, 

meu rato, meu roedor de romances,
aviva, aviva, nos meus sapatos
e na redondilhas que canto,
e sem saber rochedo escrevo,
meu dedo é eterno como sua alma,

meu estômago um nada a declarar,
em greve, não refeita as máscaras reginas
minha psique é a política parlamentar,
o mundo todo esquenta e nada muda.



17 de Abril de 2010.

Nenhum comentário: