19.6.09

Se eu me torno moribundo.

Se eu me torno moribundo, será que eu fico
ainda com todos adornos clássicos desse viver?
Se me enterro na eternidade de um Labirinto,
Será que a metafísica, pomposa, me segura?

Se eu trouxesse com meus atos um grande tecer,
que se tecesse poesia em extraordinária rima,
onde, se eu quisesse planar... ó, sonho de volver,
serpente de meu lar, mas que vontade de embarcar

Em meu assistente e fraterno coração, minha menina,
ouvir em milhares das órbtias curtas da paixão, na praça
e na face e no beijo quente de se dar há um mês, enfim,
quando nos dizíamos com oito metros de frases, enrolados,

Que se ainda não fosse tarde demais, realmente iríamos,
dous frutos etéreos em tempo de discórdia, a última tentativa,
quando coubesse ir, se tivéssemos uma idéia e por onde seguir,
e não havia, embora ríssemos de toda a gritaria do universo...

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