..Seus lábios são um cardo - Maria.
..Aquele telefone vermelho não tocará mais. O seu lençol sempre lhe cobrirá a nalga. Doravante - Maria - o nosso ninho será só sem a minha rabugice cansativa. Mas não me sinta desgosto algum se eu lhe partir sem inteiros. Direi até nunca - alegoria romântica. Serei basicamente continuidade.
..Não - Maria - não. Eu não lhe tenho braços que fervem demais. Meus amplexos faleceram à penumbra do seu perfume ácido. O seu nome é um Mário em meu saudosismo entediado. Não é Lira nem Viola nem Poesia - é um trato maldito. Acabou o meu terror de lhe ser um verso reciclado e só. Acabou sim e que felicidade! Acabamos repartidos sobre a brasa da omissão.
..A sobrevivência nos arrebatou a uma fanfarronice da varanda de amores. O meu mundo também desabou - Maria. Desatou aquele nó entre dous pombos de candura. Morreu. Morreu - Maria. Findou-se aquela embriaguez sertânica de nossas vistas embaraçadas.
Que nos suicidemos tristonhos em loucura vazia e em ode à paixão.
Adeus - Mário - adeus! (...)
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