3.7.10

Sem título

Rompe na minha favela
um sequestro do engano que restara 
entre eu e a minha amada tão amada


pois minha trufa de canto desencanta
porque desafino grosseiro e canto tristeza
quando me caibo no buraco que pude sair


sempre me quis cogitar numa sensação estrangeira
de um nado sem sincronia num contra plongée 
para ter acesso ao teu paraíso virgem


sei sabendo de que meu canto (este canto)
nunca pegará na rádio dos anos vinte
mas quem sabe nas favas de poesia
que correm de mim.

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