28.2.09

O típico desuso ( ou Com que gosto! )

Largue-se - meninice. Pois que outro tempo haverá - se sisuda lhe cobrir com seu manto negro a tarde de nunca... de nunca ser aquela incipiente e imprópria moceta benvinda? Saltitando e sim e sim e sim: toca-me - doutor - toca-me! Mudava a pessoalidade da minha paciência em assistir. Era ruiva e rouca e rameira e criançola. Um atestado de loucura plena! Mas trepidava meus ossos irrigados de tensão amorosa e que como! (...) Abana-te! Levanta-te! Quem sabe ao acaso de uns tempos mais serei aquela subversão poética que tu me pediste outrora em casamento breve e pouco promissor talvez. Contudo, se houvesse, eu até aceitaria. É! Se tu tens bons gostos e gestos anfidinâmicos e pretensiosas gargalhadas seduzidas. Que gosto! Com que gosto... um dia também - como vês - armei cegueira daqueles outros detalhes que desabaram a torridez de peste em mim. Era em convulsão e outro tempo em lamento. Só aquele cigarro sabe como ou aquele garçom abstraído de qualquer porra de vazio. Não havia garçom. Somente aquela garçonete e eu uma garça entranhada de gestos canalhas. Eu não quero pouco no meu primeiro gole nem mesmo no último deles. Morrerei aí mas não sei se afogo ou me afobo. Não sei. Eu não sei. Não.

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