17.1.09

Em pouco e grandioso.

O saudosismo impactante das venturas daí
e o mesmo de uns estimados e raríssimos amigos
- afogados em amplexo de camarada - tocou-me
atravessado sobre a varanda de meus amores.

Em ritmos sempre altivos e desvairados,
Que condiscípulos aturdidos e alvorados!
Se essa semana os visse, em embriaguez,
não seria sobrevida e sim, eterno festivo!

Onde acude o poço das cartas de janeiro,
O terreiro da pacifidade, o parayso das rameiras,
O semblante tragado, no bonde são francisco.

Sou desse âmbito dos tresloucados que amam
e sem rescindir a prebenda do séquito íntimo,
desdenham a pinacoteca dessa passagem ilúdica,
[ a minha passarada recordista de desamparo!

Nada enternecidos com o século pudico, patrão,
meus demônios de recíproca abrupta, bailarinos
da última e instantânea beberagem de janeiro,
uivam turvados enquanto voam até o delírio.

A aleivosia que me posterga o espírito iluminado
esvai assim que os tenhos, aqui, em tresvario,
em rapto do tesão alegórico, em loucura desatada,
em arrepios pomposos, em viradas nocturnas.

Quando os tenho em amar aberto e dantes navegado,
em cárcere de inigualável concubinato, meus queridos,
pouso sob a amansadela da vivência - risonho e infinitivo,
eu deito sobre a orla de Martinica e sobrevôo o universo.

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