26.12.08

Sinto-me viciado

Faço revolução enquanto lavo louças. Releio à latrina ventanias dantes e depois do verão. Jorro e sopro aquela palavra repetitiva. Sou a causa - por alguns instantes - do cansaço de outrem. A mulher que atende. O homem que atende. O carteiro que cospe má educação em notícias. É? Engulo a palo seco o seu sorriso amoroso e - sem digerir ainda - roubo-te a cena da vida inteira!

Avante - jorro e sopro e releio. Que seria de um poetaço estirado à esteira do socorro? Anedotas frívolas. Saudosismo de um pretérito noviço que nem se completara. Um pombo entre-roendo quem outrora fosse sentir aquele perfume sem tara - um desconcerto. Eu não me suporto nunca. Eu não me vejo em nada. Eu não me movimento pra nada. Estirado. Nunca tivera cavado a si - tão excessivo e latente e vivaz. Que se espera? Que se vê?




Sintomática de uma Péssima noite.

Um comentário:

Clarissa Santos disse...

Nossa, imagens demais! Me deixou confusa! ><"
Poesia demais, repito! :)